quinta-feira, dezembro 06, 2007

A brincar também se aprende

Post do Doutor Carlos Fiolhais, oublicado no Blog De Rerum Natura:

Minha crónica no último "Sol":




Para as crianças aprenderem como é ADN pode recorrer-se a bonecos de goma com quatro cores diferentes e uni-los com palitos numa dupla hélice, de acordo com as regras do código genético.



No final pode até comer-se um bocadinho da molécula... Isto mesmo foi feito por duas norueguesas num “workshop” para crianças realizado no passado fim-de-semana, no Pavilhão do Conhecimento - Ciência Viva, em Lisboa, quando se comemorou o Dia Nacional da Cultura Científica, em homenagem a Rómulo de Carvalho. O júri de um concurso europeu onde esse evento competia não teve dúvidas em atribuir-lhe o prémio de originalidade. Também não teve dúvidas em distinguir a equipa portuguesa, da Universidade de Aveiro, que ganhou o prémio de “nova ciência” com uma actividade de desenho de hologramas ao alcance de qualquer criança.

A ciência a sério começa com a ciência a brincar. Para termos na Europa mais ciência a sério precisamos de mais ciência a brincar, de mais ciência no jardim de infância e no primeiro ciclo do ensino básico. E essa necessidade é particularmente urgente em Portugal.

Saúda-se, por isso, o lançamento no Museu de Ciência da Universidade de Coimbra, ainda na semana passada, de dois novos livros da colecção “Ciência a Brincar” (editora Bizâncio). “Ciência a Brincar 6” subintitula-se “Descobre as Plantas!”, sendo suas autoras Catarina Reis, Marisa Azul e Matilde Azenha. “Ciência a Brincar 7” subintitula-se “Descobre os Sons!”, sendo suas autoras Carlota Simões e Constança Providência. O primeiro descreve uma série de experiências com materiais simples para entrar no mundo das plantas, ao passo que o segundo faz o mesmo em relação às ondas sonoras, incluindo uma iniciação à acústica musical. Os dois livros estão a ser enviados a todos os agrupamentos de escolas do país, graças ao apoio da Fundação Gulbenkian.

Tal como no “workshop” sobre genética em Lisboa, também em Coimbra grupos de miúdos experimentaram com as suas próprias mãos o prazer de descobrir a ciência. É de pequenino que se torce o destino!

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