quinta-feira, junho 28, 2007

Actividade com professor da Universidade de Coimbra

Estava previsto para 4 de Julho uma actividade na nossa Escola, com um amigo, Doutorado em Geologia, professor da Universidade de Coimbra e a residir em Leiria, que sofreu alteração de data...

Assim o Professor Doutor Jorge Dinis, do Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Coimbra, vai realizar uma actividade intitulada A Geologia da região de Leiria, no dia 10.07.2007 (3ª-feira) com uma sessão teórica na manhã (09.30 - 12.30), um Almoço na Cantina da Escola Correia Mateus e uma saída de campo à tarde (das 14.30 às 17.30, recorrendo aos carros dos participantes) e que estará aberta a todos os docentes de Leiria, preferencialmente dos grupos de Biologia/Geologia, Ciências da Natureza e Geografia (mas naturalmente, aberta a todos os interessados de outros grupos ou áreas...).

As inscrições para a actividade estarão abertas até à véspera às 12.00 horas (para a Escola encomendar os almoços...) e terá como custo apenas a senha de refeição de FP (penso que é 3,60€, pago no momento do Almoço). Logo que saiba o que vamos comer, referirei aqui.

Podem inscrever-se da seguinte maneira:
  1. Na Folha de Inscrições na Sala dos Professores da Escola Correia Mateus;
  2. Na Folha de Inscrições na Sala dos Professores da Escola Francisco Rodrigues Lobo;
  3. Através de E-mail (fernando.oliveira.martins@gmail.com) ou Fax (244 845 019) e, nestes dois casos, indicar: Nome do Professor, Escola, Grupo Escolar e referir que é uma inscrição na actividade intitulada "A Geologia da região de Leiria".

ADENDA - Link para CARTAZ...

domingo, junho 24, 2007

Até que a morte nos separe

Do Blog Sorumbático, que leio quase quotidianamente e muito aprecio, com a devida vénia, publicamos o seguinte post:


Por leitora devidamente identificada


UMA JUNTA MÉDICA DA CAIXA GERAL DE APOSENTAÇÕES obrigou uma professora, de 63 anos de idade e mais de 30 de ensino, doente de leucemia, a interromper o seu atestado médico e a retomar o trabalho, durante “31 dias de agonia, entre vómitos e desmaios em plena aula”, como testemunha o seu colega J. Sousa Dias (Público, 16 /06/07), vindo a morrer pouco depois.

A decisão desta Junta Médica da Caixa Geral de Aposentações, fazendo tábua rasa dos documentos, relatórios e atestados de outros médicos e especialistas – prática generalizada e constante deste organismo –, pela sua desumanidade, repugnante e criminosa, veio mostrar com toda a crueza o procedimento brutal e arbitrário a que centenas de profissionais são sujeitos, mas que tem tido pouca visibilidade por se passar na privacidade de um gabinete, entre o doente (que está sozinho e vulnerável) e os três médicos que compõem a Junta.

Conhecendo todos os dados profissionais do requerente e o historial da sua doença ou incapacidade, comprovada por relatórios e atestados médicos exigidos, a decisão da Junta deve ser tomada a partir dessas informações, segundo uma “tabela” oficial que quantifica o grau de incapacidade do doente, tabela reformulada há pouco tempo de modo a dificultar ao mais alto grau, a aposentação por motivos de doença.

Conheço apenas um caso com um final feliz, porém abundam as histórias de muitos colegas que, tal como eu, foram tratados como vigaristas, insultados e humilhados por essas Juntas, em alguns casos com tal grosseria e brutalidade que mais parecia estar o doente num interrogatório de torcionários, do que diante de médicos que fizeram um juramento humanitário. O processo, o método e a postura destes profissionais parece obedecer a um esquema encenado – há um que não fala, outro que insulta e o terceiro que ri.

Com 62 anos de idade e 34 de descontos e de profissão devotada integralmente ao ensino e aos alunos, com um currículo que tem pouco a invejar seja a quem for e, tendo dado à escola, durante anos a fio, incontáveis horas de trabalho extra não remuneradas, além do meu horário, com raríssimas faltas e sem poupar energias, nem saúde, agravando a minha deficiência, porém insistindo e perseverando até ao limite das minhas capacidades, quando já não posso exercer esse trabalho com um mínimo de dignidade, sou confrontada com uma espécie de tribunal de acusação que me trata como criminosa e aos meus médicos, profissionais seríssimos (assim como aos médicos das Juntas da DREL que confirmaram a incapacidade), como vigaristas fraudulentos.

Desconhecerá a Ordem dos Médicos o que se passa nestes gabinetes, à porta fechada? Tendo os médicos da Junta o poder absoluto de recusar a aposentação, se não dizem sequer em presença do doente qual é sua decisão, porque se empenham então neste acto gratuito de humilhação? Por sadismo ou sensação mesquinha de poder? Por ordens superiores, a fim de desencorajar os pedidos?

Tratar-se-á de uma nova estratégia economicista do Governo, em que os velhos e doentes vão ser forçados a trabalhar até à morte, para o Estado não ter de lhes pagar a reforma? Peço, então, que se ponha na lei o direito à eutanásia e ao suicídio assistido, como alternativa.

Aposentação? Só quando a morte nos separe.

sábado, junho 23, 2007

Semana da Ciência

A 22 de Junho de 2007 o Departamento de Ciências da Natureza/Naturais/Físico-Químicas mostrou o que vale! Muitas experiências e mostras de exemplares científicos enriqueceram este dia.

Aqui ficam dois pequenos filmes, realizados com fotografias tiradas pela professora Ana Rola nesse mesmo dia!




sexta-feira, junho 22, 2007

Instabilidade no solo numa obra em Leiria


Dois operários morreram na quinta-feira passada, em Leiria, na sequência de uma derrocada numa obra. Embora ainda se desconheçam as causas do acidente, a Inspecção do Trabalho constatou que não estavam a ser cumpridas todas as normas de segurança. Técnicos ouvidos pelo JORNAL DE LEIRIA referem a importância de fazer estudos geológicos do solo para diminuir os riscos.

São poucos os construtores de obras privadas que realizam estudos geológicos antes de iniciarem os trabalhos. Uma derrocada matou, na sexta-feira, dois homens, numa construção na Rua Paulo VI, em Leiria. Ainda não está apurado o que falhou, nem se foram cumpridas todas as regras de segurança, mas em Fevereiro, já se tinha registado um desabamento de terra na mesma obra, sem vítimas a lamentar. A legislação ainda não obriga e o custo adicional que os construtores teriam de despender para a realização de estudos de prospecção de solos e geológicos iria aumentar o preço final dos edifícios. Daí, que não sejam habituais cuidados preliminares.
“É raro fazerem-se sondagens. Os construtores não fazem ideia do tipo de solo que têm. Baseiam-se na experiência que conhecem das zonas circundantes e é feita apenas uma inspecção visual”, alerta João Veludo. O engenheiro civil de Leiria desconhece o que se passou na obra onde morreram duas pessoas, mas garante que em 90 ou 95 por cento dos casos não há um cálculo de solos. “Os empreiteiros não fazem estudos porque custa dinheiro.” Esta é também a opinião de Nuno Cunha Lopes, delegado da Protecção Civil de Leiria, que admite ter havido uma “má apreciação ou apreciação incorrecta das condições geológicas do terreno”, o que terá provocado o deslizamento de terra. “Os responsáveis pela construção têm de acautelar as condições de segurança e devem ter mais cuidado. Mas, a obra sai mais barata se não fizerem estudos geológicos”, reconhece Cunha Lopes, que admite que acaba por haver algum facilitismo.
Os dois especialistas lamentam ainda a falta de fiscalização. João Veludo considera que essa é a “grande falha” a nível da construção. O engenheiro dá o exemplo da Câmara de Lisboa, que só emite licença se os projectos incluírem um estudo geológico. A nova regulação do Eurocódigo de Projecto Geotécnico prevê a obrigatoriadade de fazer prospecção nos solos. A norma europeia ainda não está em vigor em Portugal (que não tem regulamentação), mas é uma ferramenta fundamental para a apreciação da estabilidade global dos solos que vão ser sujeitos a movimentações. “Se se souber as condições do solo, tomam-se precauções e este tipo de situações [derrocadas] podem ser precavidas. Um solo arenoso é diferente de um solo de argila”, exemplifica João Veludo.

quinta-feira, junho 21, 2007

MPeG - Moodle, Portáteis e Gato

Data: 5 de Julho, 2007
Local: Auditório da Câmara Municipal da Batalha
Organização: CCEMS

Destinatários: Professores de todos os ciclos de ensino, em particular todos os que estão envolvidos ou pretendem envolver-se em projectos de utilização educativa das TIC.

Apresentação de Práticas: Para cada um dos temas do encontro, um grupo de Escolas partilhará a sua experiência através de comunicação, seguida de debate.

Submissão de Relatos de Experiências: Convidam-se os docentes a submeterem para distribuição e posterior publicação, relatos de experiências de utilização das tecnologias em debate. (Data limite da submissão 02-07-2007)


O desenvolvimento das TIC e da Internet em particular e a generalização do acesso à banda larga está a mudar muitos aspectos das nossas vidas, quer no âmbito de actividades do nosso quotidiano (comunicação, aquisição de bens, cumprimentos de obrigações fiscais, etc.), quer nos processos de acesso à informação e construção do conhecimento. Os professores nos diferentes papeis que desempenham na escola têm acompanhado estas dinâmicas potenciando as TIC na renovação dos contextos de aprendizagem e dos modelos de organização e funcionamento das respectivas as escolas.

A Iniciativa Escolas, Professores e Computadores Portáteis disponibilizou às escolas meios de acesso e tratamento de informação. A adopção por parte das escolas/agrupamentos da plataforma Moodle criou condições para a reinvenção da Escola com a ampliação dos tempos e espaços de intervenção (a Escola está em qualquer lugar e qualquer hora). A ferramenta Gestor de Actividades TIC na Educação apresenta funcionalidades de gestão “on-line” do plano de actividades, dos projectos e dos recursos da Escola/Agrupamento.

Este encontro tem como finalidade geral debater e partilhar práticas no âmbito da utilização destas tecnologias em contexto educativo o seu impactos na renovação dos contextos de aprendizagem e nos modelos de organização e funcionamento da Escola.


Objectivos do MPeG:
  • Reflectir sobre a integração das TIC em contexto educativo;
  • Debater e partilhar experiências de utilização da plataforma Moodle nas instituições de ensino e formação de professores.
  • Partilhar experiências de integração dos computadores portáteis no âmbito das funções docentes e dos projectos educativos das escolas/agrupamentos.
  • Conhecer e debater diferentes modos de potenciar o sistema GATO na organização e gestão do projecto educativo das Escolas e Agrupamento.
  • Promover a disseminação da inovação pela partilha de práticas.

Programa

09:15 - Recepção aos Participantes

09:45 - Sessão de abertura

10:15 - Sessão Plenária - "Renovar contextos, Reinventar a escola"

11:00 - Coffee Break

11:15 - Sessões Temáticas:
  • M - Moodle em contexto educativo
  • P - Iniciativa Escolas, Professores e Computadores Portáteis
  • G - Gestor de Actividades TIC na Educação

13:00 - Almoço Convívio (Aldeia Típica de Santo Antão)

14:30 - Sessão Plenária - Apresentação das conclusões das sessões temáticas

16:00 - Sessão de Encerramento

Site da Organização - clicar AQUI

quarta-feira, junho 20, 2007

Robot estuda Canhão Submarino da Nazaré

Robô submarino faz análises a grandes profundidades na Nazaré
18.06.2007 - 17h10 Lusa

O desfiladeiro da Nazaré atinge os cinco mil metros de profundidade e os 150 junto à costa.

Um projecto de cartografia e análise do fundo do mar está a decorrer ao largo da Nazaré para conhecer o maior desfiladeiro submarino da Europa e um dos maiores do mundo.

O desfiladeiro da Nazaré, uma espécie de imenso vale submarino que atinge os cinco mil metros de profundidade e os 150 junto à costa, é uma área geológica única com ecossistemas próprios ainda por estudar pela ciência.

Este espaço será analisado durante uma semana por um robô sofisticado instalado no navio britânico “James Cook” que permite observar, analisar e recolher amostras do fundo do mar até 6500 metros de profundidade.

Em todo o mundo, só existem dois ROV (Remote Operating Vehicle) que permitem pesquisas até estas profundidades abissais.

Segundo Doug Masson, um dos cientistas a bordo do navio britânico, este equipamento permite conhecer até 90 por cento do fundo oceânico, que na sua grande parte ainda é desconhecido para o homem.

Durante os próximos meses, o navio estará na Europa para analisar vários vales submarinos do continente, uma iniciativa inserida no projecto europeu Hermes, que visa o estudo do mar, nomeadamente as suas áreas mais sensíveis.

No caso português, o desfiladeiro da Nazaré é um dos mais importantes de todo o projecto, constituindo um vale imenso com 250 quilómetros de comprimento que funciona como um gigantesco "aspirador de inertes" e permite ecossistemas diversos, de acordo com o seu nível de profundidade.

O robô, controlado por fibra óptica, tem várias câmaras e garras controladas em tempo real por operadores que estão no navio inglês, permitindo ainda realizar pequenas experiências no fundo do mar, com um nível de precisão superior a dez centímetros.

Para o geólogo Collin Jacobs, o ROV é um "salto gigante" no conhecimento científico do fundo do mar.

As actividades de recolha de amostras e análise realizadas pelo “James Cook” são complementadas com o trabalho de cartografia do fundo do mar executado pelo navio D. Carlos I, que analisa também a água e avalia as correntes existentes.

Este trabalho já dura há dois anos e constitui uma das faces visíveis de um projecto do Governo português que visa conhecer efectivamente os recursos existentes.

Só depois do levantamento do fundo do mar estar completo é que o país terá condições para pedir o alargamento da plataforma continental para além das 200 milhas náuticas, no âmbito da Convenção das Nações Unidas sobre o direito do mar.

in Público - notícia aqui

Lançamento de Livro de Galopim de Carvalho

O Pavilhão do Conhecimento - Ciência Viva, o Museu Nacional de História Natural e a Âncora Editora têm o gosto de o (a) convidar para o lançamento do livro "Como Bola Colorida - A Terra, Património da Humanidade" da autoria de A. M. Galopim de Carvalho. Este lançamento enquadra-se nas comemorações do Ano Internacional do Planeta Terra (Unesco).


A sessão terá lugar no dia 27 de Junho, quarta-feira, às 18h30m, no Pavilhão do Conhecimento, Parque das Nações, em Lisboa.


A apresentação do livro será feita pelo Professor António Ribeiro, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.


Também estará presente Manuel Freire que, em homenagem ao título do livro, não deixará de brindar Galopim de Carvalho com a Pedra Filosofal.


O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago, que prefaciou este livro, também nos honra com a sua presença.

Confirmações:
Telefone: 21 891 71 00
E-mail: info@pavconhecimento.pt

terça-feira, junho 19, 2007

Feira dos Minerais

Decorreu nos dias 18 e 19 (tarde) de Junho a Feira dos Minerais!

Havia minerais e fósseis para todos os gostos e feitios!

No que diz respeito aos fósseis, foram apresentados vários exemplares que davam prazer a quem os viam: uma trilobite de Valongo em xisto; outra trilobite dentro de um nódulo de uma material sedimentar; uma amonite com ornamentações na concha; dentes de tubarões, de spinossauro e de crocodilo, assim como várias ortoceras e amonites polidas! Estes últimos exemplares fizeram as delícias da professora Paula Marques!

Os alunos que visitaram a exposição mostraram muito interesse pelo material exposto, nomeadamente os fósseis e os minerais polidos, com o formato oval!

E agora algumas fotografias para a posteridade!







domingo, junho 17, 2007

Percurso Pedestre do NEL no Vale do Lapedo


No Sábado, dia 23 de Junho, decorrerá o próximo PERCURSO PEDESTRE do NEL - Núcleo Espeleológico de Leiria. Este realiza-se no Vale do Lapedo, que é um local de reconhecido interesse patrimonial a nível nacional.

Destaca-se o vale em canhão que marca uma paisagem geomorfológica de grande valor para o património natural, protegendo no seu interior uma rica vegetação que varia entre os matos mediterrânicos e o corredor ripícula junto à ribeira. O património cultural do Vale enriqueceu substancialmente quando, em 1998, foi descoberta uma sepultura infantil (criança de 4 anos) com cerca de 24.500 anos.

O Menino do Lapedo colocou Leiria no mapa da história da evolução humana, sendo tema de investigação e de publicações científicas em vários países.

Por motivos alheios à organização do NEL, não haverá autocarro para os participantes, sendo gerido o transporte de acordo com os participantes inscritos.

Local de Partida: Igreja St.º Agostinho
Hora de Saída: 08.30 horas
Hora de Chegada (prevista): 13.00 horas
Dificuldade: Baixa
Distância: 8,5Km
Desnível altimétrico: 95 metros

Recomenda-se o uso de roupa e calçado adequados a esforço físico, assim como o uso de protectores solares eficazes: Chapéu/boné, óculos de Sol ou protecção equivalente e protector solar para a pele. Sugere-se ainda que os participantes levem consigo água potável e comida para refeição ligeira.

Para mais informações é favor contactar o Pedro Ferreira:
nel.leiria@gmail.com ou 964 122 144

sábado, junho 16, 2007

Notícia sobre a Guimarota no "Região de Leiria"

Após um contacto via e-mail, solicitando uma conversa telefónica, na passada 3ª-feira pude finalmente responder a perguntas do Jornalista Manuel Leiria, do jornal Região de Leiria. Este tinha visto na Internet o nosso material (publicado igualmente pelos Blogues Geopedrados e GeoLeiria...) sobre a Mina da Guimarota e os seus fósseis. O resultado foi a publicação da notícia que se segue (clicar para aumentar...) com alguns aspectos da minha conversa (e também de outra entrevista, ao paleontólogo Pedro Dantas, coordenador do Laboratório de História Natural da Batalha e especialista do Museu de História Natural da Universidade de Lisboa).

Desta vez não ficou tudo bem explicado, mas, provavelmente, outras notícias virão. Nesta notícia publicaram uma fotografia minha (do interior da Mina) e outra de uma colega (M.ª do Céu Machado) em que eu apareço de costas. Ficou ainda patente o estranho alheamento da Câmara Municipal de Leiria deste valioso património local, nacional e mundial. Ficou ainda a promessa de se descer novamente à Mina, em Setembro, para saber mais e mostrar aos interessados a nossa Mina da Guimarota...!


Nota: post publicado em conjunto pelos Blogues GeoLeiria, Geopedrados e Ciências Correia Mateus. Este é o nosso post n.º 200...!

segunda-feira, junho 04, 2007

Recomendações para os Bufetes Escolares

A Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular enviou para as Escolas novas normas sobre Bufetes Escolares, utilização de Cantinas e Máquinas Automáticas de Venda de produtos alimentares que merecem uma atenta leitura.

Citemos alguns aspectos importantes, no Livro de Apoio:

A oferta alimentar em contexto escolar: o que muda sob o ponto de vista nutricional?

Conforme já referido anteriormente, este referencial é um primeiro documento, entre outros, mais específicos, que serão produzidos, designadamente para os refeitórios.

No entanto, por agora, centra-se a atenção sobre a influência dos bufetes escolares na alimentação equilibrada dos alunos e restante comunidade, que é por demais evidente e inquestionável.

Qualquer indivíduo não deve passar mais de três horas e meia sem comer; por motivos evidentes de desenvolvimento e de apropriada disponibilidade energética para o adequado rendimento cognitivo, os alunos devem respeitar esse horário.

Neste sentido, os bufetes escolares são espaços de capital importância, pois são locais onde os jovens podem encontrar géneros alimentícios.

É necessário que as escolas e a comunidade educativa estejam esclarecidas sobre qual o tipo de géneros alimentícios que, de acordo com o seu valor nutricional, deve ser ou não promovido e qual o tipo de géneros alimentícios que não deve ser disponibilizado em meio escolar.

Não se pode afirmar categoricamente que há “maus alimentos”, mas há sem dúvida alimentos que, pelas suas características nutricionais, não devem ser de livre acesso num local educador e promotor da saúde como é a escola.

Face às particularidades do desenvolvimento físico, intelectual e emocional da população em causa, o fácil acesso a alimentos que, pelas suas especificidades, são indutores ou facilitadores da obesidade, deve ser dificultado ou mesmo evitado.

É neste sentido que o Ministério da Educação pretende clarificar quais os géneros alimentícios que devem:
  1. ser promovidos em contexto escolar;
  2. ser limitados no seu consumo em contexto escolar;
  3. ser indisponibilizados num bufete escolar.

1. Géneros alimentícios a promover em contexto escolar:
  • Leite meio-gordo/magro, simples ou aromatizado, sem adição de açúcar e leite escolar;
  • Iogurtes e outros leites fermentados, sem adição de açúcar, meio-gordo/magro, dando preferência àqueles com menor teor em lípidos e edulcorantes;
  • Batidos de leite com fruta fresca ou congelada, sem adição de açúcar;
  • Sumos de fruta: naturais e/ou comerciais “100% sumo”, sem açúcares e/ou edulcorantes adicionados;
  • Bebidas que contenham pelo menos 50% de sumo de fruta e/ou vegetais sem açúcares e/ou edulcorantes adicionados;
  • Água potável, da rede pública ou engarrafada;
  • Diferentes tipos de pão, feito a partir de farinhas pouco refinadas, isto é, mais escuras e com pouco sal (ex: pão de mistura, pão de centeio, sêmea…) simples ou adicionado de:
  • Queijo meio-gordo/pouco-gordo/magro fresco, curado e fundido
  • Ovo cozido;
  • Carne de aves e mamíferos (frango, peru, porco, vaca,…) cozidas ou assadas ;
  • Atum ou outros peixes de conserva, preferencialmente conservado em água ou
  • azeite;
  • Fiambre, preferencialmente, de peru ou frango, escolhendo aqueles com baixo teor em lípidos e retirando sempre qualquer gordura visível;
Enriquecido, sempre que possível, com produtos hortícolas (por exemplo: folhas de alface, de couve branca, cenoura ralada, rodelas de tomate, de pepino, raminhos de salsa, aipo, hortelã ou outros complementos como o milho e cogumelos);
  • Fruta fresca da época, em peça, em salada, ou ainda em batidos de leite (ex: laranja, tangerina, kiwi, maçã, pêra, pêssego, morangos, cerejas, melão, meloa, melancia, banana…);
  • Produtos hortícolas diversos sob a forma de saladas, disponíveis em doses individuais (por exemplo: alface, tomate, cenoura, pepino, couve branca, ou ainda feijão, grão, nozes, avelãs, passas de uva…).

(...)

3. Géneros alimentícios a não disponibilizar em contexto escolar:
  • Rissóis, croquetes, pastéis de bacalhau e produtos afins;
  • Pastéis e bolos de massa folhados, frigideiras, chamuças e produtos afins, incluindo pré-congelados de massa folhada com elevados teores de lípidos e/ou açúcares;
  • Chouriço, salsicha, fiambrino, mortadela, linguiça…, entre outros produtos de charcutaria ricos em lípidos e sal;
  • Maioneses, ketchup, condimentos de mostardas e outros molhos;
  • Refrigerantes, incluindo as bebidas com cola, ice tea, águas aromatizadas;
  • Preparados de refrigerantes;
  • Bebidas energéticas e bebidas desportivas;
  • Gelados de água;
  • Marmelada, geleias e compotas com teor de açúcares superior a 50%;
  • Rebuçados, caramelos, chupas, pastilhas elásticas e gomas;
  • Tiras de milho, batatas fritas, aperitivos e pipocas doces ou salgadas;
  • Hambúrgueres, cachorros quentes e pizzas ;
  • Cerveja sem álcool;
  • Chocolates em embalagens superiores a 50 g.

Sugere-se, para fazer uma atenta leitura: