segunda-feira, maio 31, 2010

O treme-treme dos Açores

Aqui fica um mapa dos Açores, do Instituto de Meteorologia português, como deve ser: 5 sismos sentidos pela população nos últimos 5 dias...!

Os últimos da nova crise sísmica do Faial, já hoje aqui referida, que parece ser a continuação da do meio deste mês, também por nós já aqui esmiuçada.

E agora os dados dos sismos:

Arquipélago dos Açores (Data de actualização 2010-05-31 18:45)
Data(TU)Lat.Lon.Prof.Mag.Ref.GrauLocal
2010-05-31 04:30 38,70 -29,07 11 3,9 W Faial II/IIICapelo
2010-05-30 21:24 38,76 -28,99 5 3,7 W Faial II/IIIFlamengos
2010-05-30 19:59 38,77 -29,00 6 4,5 W Faial IV/VPraia do Norte
2010-05-27 04:59 37,78 -25,33 3 1,8 Maciço das Furnas IIFurnas

O sismo no Faial de 30.05.2010

O sismo no Faial de 30.05.2010
Sismo de grau moderado no Faial e Pico

Um sismo com epicentro a cerca de 20 quilómetros a noroeste do Capelo, ilha do Faial, foi registado esta noite, às 20.59 horas (19.59 locais), pelo Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores, anunciou o Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros.


De acordo com a informação disponível o sismo foi sentido com intensidade máxima IV (grau moderado na Escala de Mercalli Modificada) em Capelo, Praia do Norte, Cedros, Salão e Castelo Branco, na ilha do Faial, e intensidade III (fraca) em Madalena, na ilha do Pico. Não foram divulgados eventuais danos.

segunda-feira, maio 24, 2010

O descanso do guerreiro viquingue

Paragem definitiva ou trégua?
Erupção do vulcão islandês está parada


Ainda não é certo se é uma paragem definitiva da erupção ou apenas uma trégua

O vulcão islandês Eyjafjallajökull, que há mais de um mês perturba o tráfego aéreo na Europa, já não está em erupção, declarou o geofísico islandês Magnus Gudmundsson, citado pela agência noticiosa AFP.

No entanto, é ainda demasiado cedo para dizer se a actividade deste vulcão terá verdadeiramente cessado, ou se estaremos só perante uma trégua.

“O que posso confirmar é que cessou a actividade na cratera. Já não há magma a vir à superfície”, disse à AFP o cientista da Universidade da Islândia. “A erupção parou, pelo menos por agora. Da cratera só está a sair fumo”.

Outros cientistas e observadores islandeses confirmaram desta acalmia do vulcão, que aliás nos últimos dias tinha vindo a emitir muito menos cinzas. Mas o Instituto de Meteorologia islandês não arrisca previsões sobre a erupção. Segundo o site Iceland Review, desde o meio-dia de sábado que a erupção estava a abrandar. Poucos sismos se têm verificado na zona nos últimos dias.

domingo, maio 23, 2010

Encontro de Saberes - Plantas Aromáticas e Medicinais

IV ENCONTRO DE SABERES

PLANTAS AROMÁTICAS E MEDICINAIS

O Museu Etnográfico do Freixial leva a efeito, no próximo dia 29 de Maio de 2010, sábado, a partir das 14.00 horas, o IV Encontro de Saberes, subordinado ao tema “Plantas Aromáticas e Medicinais”, a ter lugar nas instalações do auditório do Rancho Folclórico do Freixial.

Com este encontro, pretende-se facultar uma partilha de saberes relativos ao uso das várias plantas, quer na culinária, quer para uso terapêutico, aliando os conhecimentos mais antigos aos mais modernos.

A iniciativa, desenvolvida no âmbito das comemorações do Ano Internacional da Diversidade Biológica, conta com a participação de especialistas, como António Flor, do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros – PNSAC e José Barraca, investigador em matéria de plantas aromáticas e medicinais.

As inscrições são gratuitas e podem ser efectuadas até ao próximo dia 26 de Maio, através do telefone: 244 745 600 ou do telemóvel: 917 335 019. A confirmação pode ser também remetida por fax (244 745 600), por e-mail (rffmuseu@gmail.com) ou por carta endereçada ao Museu Etnográfico do Freixial.

Façam a divulgação deste Encontro e compareçam se puderem, pois parece muito interessante...

Museu Etnográfico do Freixial
Rua da Ratôa, n.º 9
Freixial – Arrabal – Leiria
2420-023 ARRABAL
Tel. & Fax: 244 745 600
E-mail: rffmuseu@gmail.com

Ficheiros
:

Geoconservação - visualização do programa da RTP 2

Via mailing list da GEOPOR (com os nossos agradecimentos ao Doutor Pedro Proença e Cunha):

Para quem não tenha tido oportunidade de ver na RTP2 o programa que a Universidade Aberta produziu sobre Geoconservação, aqui vai o link:

sábado, maio 22, 2010

Mestrado em Património Geológico e Geoconservação

(clicar para aumentar)
Informam-se os eventuais interessados que as candidaturas à 6ª edição do Mestrado em Património Geológico e Geoconservação da Universidade do Minho se iniciam a 24 de Maio de 2010.
Todas as informações em: http://www.dct.uminho.pt/mest/pgg

sexta-feira, maio 21, 2010

Welcome to the Future

Biologia: bactéria totalmente comandada por ADN sintético reproduziu-se
Nasceu a primeira forma de vida artificial 


As primeiras células sintéticas pareciam diminutos ovos estrelados azuis


Uma bactéria, comandada por uma molécula de ADN sintético, conseguiu reproduzir-se da forma mais natural. O resultado, publicado na revista Science, tem aplicações e implicações – científicas e filosóficas – ainda em grande parte desconhecidas


Na fotografia, as células, com uns 70 micrómetros de diâmetro, parecem diminutos ovos estrelados com a gema azul. Graças a isso, sabemos que não estamos a olhar para uns microrganismos quaisquer, mas para as bactérias criadas por cientistas no laboratório. Vida artificial, fabricada de raiz num pratinho de vidro, a partir dos seus componentes genéticos elementares.

A nova bactéria foi feita “a partir de quatro frascos de compostos químicos”, gosta de repetir Craig Venter nas entrevistas que tem concedido à imprensa (sob embargo) nos últimos dias. Com os seus colegas, o conhecido “caça-genes” norte-americano acaba de inaugurar oficialmente a “era da biologia sintética”. Cada um desses quatro “frascos”, entenda-se, contém uma das "letras" do "alfabeto" com que se escreve o ADN – A, T, G, C –, as moléculas de base que compõem esse grande livro da vida genético.

A equipa do J. Craig Venter Institute, EUA, já tinha anunciado várias vezes o que vinha aí. Mas na realidade, a sua saga, que começou há mais de 15 anos e custou 40 milhões de dólares, foi pautada, sobretudo desde 2007, por episódios muito excitantes – e também por obstáculos que fizeram os autores temer o fracasso. “Demorou muito mais tempo do que poderíamos ter imaginado”, salienta Venter.

Mas já está – e o nascimento desta primeira forma de vida artificial ficará registado para a posteridade nas páginas da edição de sexta-feira da revista Science (e na Web, desde hoje). “Esta é a primeira célula sintética jamais fabricada”, afirma Venter, “e dizemos que é sintética porque a célula é totalmente derivada de um cromossoma sintético.”

Peças de lego

Em 2007, a equipa mostrou que era possível transplantar o genoma de bactérias de uma espécie para bactérias de outra espécie semelhante e fazer com que a segunda mudasse de espécie, adquirindo a da primeira – isto é, trocasse a sua própria identidade pela do seu novo ADN. No ano seguinte, conseguiram sintetizar na íntegra o genoma de uma bactéria.

Bastava agora, para criar um ser vivo artificial, combinar as duas coisas. Assim obter-se-ia uma bactéria cujo ADN fora retirado e substituído por um ADN diferente – e desta vez, completamente fabricado pelos cientistas. Esperava-se que esta bactéria se comportasse como um ser vivo natural, usando o ADN sintético como património genético para se reproduzir.

Uma primeira dificuldade técnica foi simplesmente o facto de não existir tecnologia que permita construir moléculas do tamanho do ADN, composto pelo encadeamento de centenas de milhares de pares de bases A, T, G, C. Ora, o ADN da bactéria utilizada nas experiências, Mycoplasma mycoides, contém mais de um milhão de pares de bases.

Os cientistas começaram por comprar a uma empresa especializada os cerca de 1000 bocadinhos, cada um com uns 1000 pares de bases, que constituem esse ADN bacteriano. Recorda Venter: “Foi como ter uma caixa de peças de lego e ter de as montar.”

Introduziram as peças dentro de leveduras (uma máquina natural de desfiar ADN) e obtiveram peças mais extensas; a seguir, introduziram-nas dentro de bactérias Escherischia coli e sintetizaram cadeias ainda maiores – antes de as voltarem a pôr dentro de leveduras. No fim, tinham um genoma inteiro de Mycoplasma mycoides, totalmente fabricado no laboratório.

Contudo, o ADN sintético era um pouco diferente do ADN natural de Mycoplasma mycoides, porque entretanto os cientistas tinham eliminado 14 genes potencialmente patogénicos (para as cabras) e acrescentado várias “marcas de água” – sequências de letras do ADN facilmente reconhecíveis como artificiais: um sítio de Internet, os nomes dos elementos da equipa e várias citações famosas, “para dar um toque mais filósofico à coisa”, frisa Venter.

Um bug microscópico

Mas o mais difícil foi fazer com que o novo ADN funcionasse dentro das células hospedeiras – e de facto, da primeira vez que os cientistas introduziram, esperançados, o genoma sintético nas células da bactéria Mycoplasma capricolum... nada aconteceu. Tal e qual especialistas de software, a equipa andou durante três meses a fazer debugging do código do ADN, explica um artigo jornalístico que acompanha a publicação na Science. Finalmente descobriram, há cerca de um mês, que o que estava a empatar tudo era um erro numa única letra do código! Os ovos estrelados com gema azul começaram a proliferar.

Nem toda a gente concorda em dizer que a nova bactéria é totalmente sintética, uma vez que foi preciso introduzir o ADN artificial dentro de uma célula viva já existente. Mas isso não impede os especialistas ouvidos pela Science de saudarem os resultados. Venter, quanto a ele, não tem dúvidas de que a bactéria seja totalmente sintética: “Após algumas replicações, não resta absolutamente nada de M. capricolum nas novas células”, argumenta. Novas células que produzem unicamente – e da forma mais natural do mundo – proteínas específicas de M. mycoides.

Por enquanto, o processo não é eficiente. Mas as aplicações futuras podem ser coisas como a criação de algas produtoras de petróleo (Venter já tem um “grande contrato” com a Exxon) ou que reduzem “em 99 por cento” o tempo de fabrico das vacinas contra a gripe sazonal (em colaboração com a Novartis).

Divulgação do site Casa das Ciências

Via Blog Geopedrados, divulgamos a seguinte informação:

Casa das Ciências é um portal da Fundação Calouste Gulbenkian, que pretende ser um espaço de referência para os professores da ciência, onde estes, de forma colaborativa, possam:
  • Utilizar os materiais aqui depositados,sabendo que todos foram previamente avaliados sob o ponto de vista científico e didáctico;
  • Depositar os materiais que desenvolveram, para as suas aulas,para poderem partilhar a sua utilização com outros professores;
  • Debater problemas educativos específicos;
  • Procurar instrumentos de auto-formação.
Sugere-se a visita e registo no site:

Petição - Alteração das Bolsas de Investigação para Contratos de Trabalho

Para: Assembleia da Republica

Exmo. Senhor Presidente da Assembleia da República,


Os bolseiros de investigação científica encontram-se em condições muito precárias no que diz respeito às condições de trabalho. As bolsas de investigação são, neste momento, a única saída profissional ligada à investigação científica para a maioria dos cursos de ciências naturais. Assim, um recém-licenciado que queira prosseguir a carreira de investigação científica, vê-se obrigado a aceitar o estatuto do bolseiro de investigação. Esse estatuto prevê a atribuição de bolsas de investigação, de doutoramento ou pós-doutoramento que incluem um valor mensal atribuido a cada bolseiro, não sendo esse valor actualizado desde 2002. Além desse facto, o bolseiro não tem um contrato de trabalho o que faz com que não tenha direito a subsídio de desemprego, de férias ou Natal, assim como qualquer subsídio em caso de doença, parentalidade e adopção, riscos profissionais, desemprego, invalidez, velhice, morte, encargos familiares, entre outros; não desconta para o IRS pelo que não pode pedir qualquer tipo de empréstimo bancário ou outro. Neste momento a maioria dos licenciados, mestres e doutorados das ciências naturais dependem destas bolsas para viver já que as alternativas de emprego são escassas ou não incluem funções de investigação científica. Deste modo e porque as tarefas realizadas pelos investigadores são de facto trabalho que em muitos casos ultrapassa as 40 horas semanais e inclui fins de semana, as actuais e futuras bolsas deverão ser alteradas para contratos de trabalho que incluem os direitos sociais básicos acima mencionados.

ASSINAR AQUI

1º ciclo de palestras da DinoExpo – Castelo Branco

(clicar para aumentar)
Conforme solicitado, procedemos à divulgação do 1º ciclo de palestras da DinoExpo, inseridas na Semana Europeia de Geoparques 2010.

Palestra em Moncorvo sobre o Parque Paleozóico de Valongo

Procedemos, conforme solicitado, à cartaz alusivo à palestra sobre o Parque Paleozóico de Valongo, a qual será apresentada pela Professora Doutora Helena Couto, no auditório do Museu do Ferro e da Região de Moncorvo, no próximo dia 23 de Maio (domingo), pelas 15.00 horas.
Estão todos convidados...

quarta-feira, maio 19, 2010

V Jornadas de Paleontologia de Dinossauros

Reproduzimos o post do Doutor Octávio Mateus, no Blog Lusodinos, sobre Congresso espanhol sobre Dinossáurios:



V Jornadas Internacionales de Paleontología de Dinosaurios y su Entorno



Del 16 al 18 de septiembre de 2010 se celebrará en Salas de los Infantes (Burgos, España) la quinta edición de las Jornadas Internacionales de Paleontología de Dinosaurios y su Entorno.
Ya está disponible la segunda circular en la que hay incluida más información sobre la organización, el lugar del evento, el programa provisional, la preinscripción o los pagos de tasas.
En esta quinta edición se cuenta con importantes conferenciantes a nivel internacional, como:

Dra. Dª Else Mari Friss, Swedish Museum of Natural History

D. Greg Paul, Independent palaeontologist and paleoartist

Dr. D. James Farlow, Indiana University- Purdue University Fort Wayne

Dr. D. Joaquín Moratalla, Instituto Geológico y Minero de España

Dr. D. José Luis Barco, Paleoymás

Dr. D. Octavio Mateus, Universidade Nova de Lisboa

Dr. D. Paul Upchurch, University Collage London

Dr. D. Rofolfo Coria, CONICET, Museo Carmen Funes, Argentina
Toda la información en el blog creado para las V Jornadas Internacionales de Paleontología de Dinosaurios y su Entorno

terça-feira, maio 18, 2010

IDL Seminars 2010

O Instituto Dom Luiz, Laboratório Associado, organiza um ciclo de Conferências sobre Modelação do Sistema Terrestre “IDL Seminars 2010”, convidando todos os interessados, investigadores, alunos e público em geral, a participar e a promover ampla divulgação da iniciativa.

A próxima conferência realiza-se no dia 20 de Maio de 2010, pelas 11.00 horas, no anfiteatro 6.2.53 do Edifício C6 da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa:


“The evolution of Alpine/Himalayan type orogens: role of lithospheric/crustal buckling?”

Jean-Pierre Burg
Geologisches Institut, ETH Zürich

This lecture advocates the role of lithospheric folding in mountain building processes. Geophysical arguments are summarized before geological evidence, taken from the Himalayas, is presented and discussed in the light of analogue and numerical modelling. Lithospheric folds are finally ascribed a major role in the preparation of strain localization into crustal-scale thrusts and in the organization of Asian topography, including the deformation of river paths.

Jean-Pierre Burg has been full Professor (ETH/University of Zurich) at the Institute of Geology of the ETH Zurich since September 1, 1993. Prof. Burg was born on April 25, 1953 in Meknès, Morocco and is of French nationality. He received a scholarship from the British Council enabling him to study as a graduate student at the Imperial College in London from October 1975 to July 1976. From 1979 to 1983 he did scientific research at the French CNRS. His dissertation was honored with great distinction by the USTL Montpellier in May 1983. In November 1983 he assumed a post as research fellow at Melbourne University. In March 1986 he was appointed Research Director at the CNRS Center for Geology and Geophysics in Montpellier, a post he held until he was called to the ETH. Prof. Burg has many editorial responsibilities. He has been chief editor of "Geodinamica Acta" and "Geologie de la France" and is now one of the Chief Editors of "TECTONOPHYSICS".

Semana de Portas Abertas 2010 da Fábrica Maceira-Liz

(clicar para aumentar)
Embora tardiamente, divulgamos a Agenda Cultural da Semana de Portas Abertas 2010 da Fábrica Maceira-Liz, em documento de formato pdf:

segunda-feira, maio 17, 2010

O Eyjafallajoekull e aviação - nova notícia

Aeroportos devem funcionar sem grandes perturbações durante esta semana
Nuvem de cinzas pode ser uma presença constante no Verão europeu

Situação criada pelo vulcão tende a melhorar durante a semana (Ingolfur Juliusson/Reuters)

Mil dos 28 mil voos que diariamente se realizam na Europa foram hoje cancelados, com os aeroportos britânicos e holandeses a serem obrigados a encerrar, da parte da manhã, por causa da nuvem de cinzas vulcânicas vinda da Islândia e soprada para sul. Mas este pode bem ser o prenúncio de um Verão do nosso descontentamento, com a nuvem provocada pela erupção do Eyjafjallajökull a deixar milhares de passageiros em terra a qualquer momento.

A situação tende a melhorar durante a semana, com ventos vindos do sul a levarem a nuvem em direcção ao Árctico, adiantam os serviços meteorológicos britânicos. Não se espera, portanto, que a nuvem de cinzas fique parada vários dias sobre a Europa, como aconteceu em Abril, obrigando o tráfego aéreo a parar durante vários dias — e causando um caos a nível global e não apenas na Europa.

As companhias aéreas protestaram violentamente nessa altura — e começam a fazê-lo agora. Willie Walsh, director executivo da British Airways, afirmou que fechar o espaço aéreo “é uma reacção brutalmente excessiva face a um risco menor”, segundo a Reuters. “Pode ser gerido, não precisamos destes encerramentos de larga escala”, afirmou em Londres. Richard Branson, o patrão da Virgin, disse que a interdição de voar era “para lá de uma piada”.

Philip Hammond, o novo ministro dos Transportes britânico, avançou que está a ser estudado, com os fabricantes de aeronaves, se será seguro permitir voos através de maiores densidades de cinzas vulcânicas.

Novas erupções?

Parece sensato precaver os próximos tempos, porque a erupção do Eyjafjallajökull não parece estar com tendência para acalmar. “A taxa de erupção das cinzas e a altura que atinge diminuíram, embora de vez em quando se voltem a intensificar. É de esperar que este padrão continue”, comentou David Rothery, do Departamento de Ciências da Terra e do Ambiente da Universidade Aberta do Reino Unido, citado pela Reuters.

“As grandes perturbações do tráfego aéreo são prováveis quando a coluna de cinzas é alta e o vento as leva para sudeste, portanto, penso que acontecerá alguns dias todos os meses”, adianta Rothery.

Thor Thordarson, um vulcanólogo islandês que trabalha na Universidade de Edimburgo, tem estado a trabalhar num modelo estatístico das erupções naquela ilha nos últimos 1100 anos que acrescenta mais uma preocupação para o tráfego aéreo europeu: “A frequência das erupções vulcânicas na Islândia parece subir e descer em ciclos de cerca de 140 anos. Na última parte do século XX, estivemos num período de acalmia, mas agora há indícios de que estaremos a aproximar-nos de um pico”, disse ao Sunday Times.

Pelo menos três outros grandes vulcões islandeses podem estar a aproximar-se de uma erupção: Grimsvotn, Hekla e Askja, todos maiores do que o Eyjafjallajökull, diz Thordarson. Mas isto é apenas uma teoria.

Expedição científica Marrocos… e os eXtremos aqui tão perto

Recebido via e-mail, publicamos porque pode ser interessante para algum nosso leitor...

Caro (a) amigo (a),
Embarque numa viagem de turismo científico durante sete dias na companhia de geólogos da Universidade de Évora e da Universidade de Marraquexe.

O Centro Ciência Viva de Estremoz, em colaboração com o Pavilhão do Conhecimento-Ciência Viva e a Escola de Ciência e Tecnologia da Universidade de Évora, organiza entre os dias 7 e 13 de Junho de 2010 a expedição científica Marrocos… e os eXtremos aqui tão perto.
Reserve lugar nesta viagem que tem como ponto de partida a exposição interactiva EXTREMOS Viver no Limite, patente no Pavilhão do Conhecimento, e descubra a cultura e os ambientes extremos do território marroquino, desde a geologia à física, passando pela geografia.
Experimente fazer dobras em materiais analógicos em plenas montanhas do Atlas enquanto observa exemplos reais originados pelas gigantescas forças tectónicas que esculpiram o nosso planeta.
Beba um chá enquanto espera pelo almoço servido em remotas aldeias marroquinas e durma num hotel de charme num magnífico oásis nos arredores de Ouarzazate e em tendas berberes no meio das dunas de Merzouga.
Participe numa excursão de dromedário que o levará a um acampamento no meio das dunas e desse local observe a Lua através de um telescópio.
Participe numa conversa sobre a forma como a ciência foi encarando o Universo complementada com a leitura de contos Sufi.
Faça turismo científico – as inscrições estão abertas…
Programa completo e condições AQUI
NOTA: o valor total do pagamento é 1.300 euros (sem viagens nem seguro) o que reduz os possíveis candidatos - mas o programa é aliciante (sobretudo para lisboetas ricos, pois abrange dois feriados...).

domingo, maio 16, 2010

Espectáculo Walking with Dinosaurs

Durante este fim de semana, está patente o espectáculo "Walking with dinosaurs" no Pavilhão Atlântico, em Lisboa.

Os movimentos estão muito realistas e bem conseguidos. Vale a pena ver.


O Museu da Lourinhã é parceiro deste espectáculo.

in Lusodinos - ler post

sábado, maio 15, 2010

Começa o fim da aventura espacial norte americana

Só restam mais duas missões antes das naves serem retiradas
Vaivém Atlantis partiu na sua última missão


Muitos foram ver a última partida do Atlantis

O Atlantis partiu de Cabo Canaveral naquela que é a sua última missão e a antepenúltima dos vaivéns norte-americanos. Leva equipamentos, baterias, mantimentos e experiências científicas para a Estação Espacial Internacional, incluindo o novo módulo russo "Rassvet" (aurora).

O tempo dos vaivéns especiais norte-americanos, uma tecnologia concebida nos anos 70 e posta a voar na década de 80 do século XX, está mesmo a chegar ao fim: depois deste voo, só devem realizar-se outros dois, as missões de despedida do Discovery, em meados de Setembro, e do Endeavour, em fim de Novembro.

Depois disso, os três vaivéns que restam serão peças de museu, após três décadas ao serviço da NASA, e após terem permitido montar a estação espacial.

A agência espacial norte-americana ficará com um hiato de anos sem ter meios próprios para pôr astronautas em órbita. Mas, se a estratégia para o espaço da Administração do Presidente Barack Obama for aprovada pelo Congresso, o transporte de carga e também de astronautas para a estação espacial deverá vir a ficar a cargo de empresas privadas. Para a NASA ficariam os projectos de investigação científica e exploração espacial.

Esta estratégia, no entanto, está a encontrar bastante resistência. Por exemplo, Neil Armstrong, o astronauta que foi o primeiro homem a pisar a a Lua, em 1969, declarou esta semana numa audição no Congresso que o Presidente Obama está a ser "muito mal aconselhado", pondo em perigo meio século de liderança norte-americana no espaço.

sexta-feira, maio 14, 2010

Noite dos Museus

Informação recebida do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra:


15 DE MAIO DE 2010, das 18.00 às 24.00 horas

Entrada livre


A Noite dos Museus, uma iniciativa europeia criada em 2005, tem tido um enorme sucesso junto de diversos públicos. Também Coimbra vai ter muitos espaços museológicos que podem ser visitados gratuitamente.

Na Universidade de Coimbra, o Museu da Ciência, o Gabinete de Física e o Paço das Escolas naturalmente que não poderiam deixar de se associar a esta iniciativa que tem reunido milhares de seguidores em toda a Europa.
Não deixe de aceitar o convite que lhe dirigimos para participar nesta festa!
UM MUNDO MAIS SUSTENTÁVEL
ACTIVIDADES HANDS-ON

SEGREDOS DA LUZ E DA MATÉRIA
DARWIN 150, 200
EXPOSIÇÕES

OLHAR O CÉU
OBSERVAÇÕES ASTRONÓMICAS - 21.00 horas

Projecção do filme HOME
de Yann Arthus-Bertrand


DIA INTERNACIONAL DOS MUSEUS
18 DE MAIO
Entrada livre
10.00 às 18.00 horas



in Blog De Rerum Natura

Hidden Earth 2010

Post roubado ao Blog Profundezas...:

click 
 here to enter Hidden Earth site

Hidden Earth is the UK's annual caving conference

Hidden Earth 2010: 24-26 September 2010, Leek, Staffordshire

quinta-feira, maio 13, 2010

Notícia sobre a erupção do Eyjafallajoekull e aviação

Erupção do vulcão não dá sinais de querer abrandar
Será possível minimizar o caos no tráfego aéreo?

O problema é saber qual a quantidade de matéria que sai do vulcão

O glaciar Eyjafjalla, no sul da Islândia, costumava ser branco, como são normalmente os glaciares. Agora, porém, a quase totalidade da sua superfície está preta, devido à acumulação das cinzas cuspidas nas últimas semanas pelo vulcão do cimo do Eyjafjallajökull (jökull é "glaciar", em islandês). Assim descrevem José Luis Fernández Turiel e colegas, do Conselho Superior da Investigação científica espanhol, a paisagem com que se depararam quando viajaram para o local na semana passada. Os investigadores, citados pela agência Efe, dizem que os efeitos negativos sobre o espaço aéreo europeu vão continuar - porque a erupção não vai parar.

Nestas condições, o que irá acontecer nos próximos tempos? Vamos continuar a ter de sofrer, ciclicamente, as consequências do cancelamento maciço de voos aéreos, como tem acontecido em Portugal e noutros países europeus desde Abril? Ou haverá maneiras de minimizar o caos no espaço aéreo, evitando assim pesadas facturas para a economia mundial, mas sem sacrificar os níveis de segurança dos transportes aéreos? E, mesmo que esta erupção acabe daqui a uns meses, será que nos podemos dar ao luxo de ignorar que poderá haver outras no futuro?

O modelo matemático utilizado desde o início da erupção para simular - e portanto prever - a dispersão na atmosfera da nuvem de cinzas expelida pelo vulcão foi desenvolvido, depois do desastre de Chernobil de 1986, para seguir o rasto à nuvem de cinzas radioactivas então cuspidas pela explosão do reactor nuclear soviético. Como explicava há dias a revista Nature, o modelo "permite calcular como as partículas se difundem na atmosfera - a que distância, velocidade e altitude - com base na velocidade e na direcção do vento e na concentração, composição e tamanho das partículas de cinza".

Simular e observar

Este modelo tem sido muito criticado desde Abril, em particular pelas companhias aéreas, que acham que as autoridades aeronáuticas europeias deixaram muitos aviões desnecessariamente em terra. Mas se a maior parte dos cientistas não parece ter dúvidas sobre o modelo em si, já não se pode dizer o mesmo de uma variável crucial para o modelo funcionar. "O modelo é bastante bom", disse-nos pelo telefone Pierre Flamant, do Laboratório de Meteorologia Dinâmica de Palaiseau, perto de Paris. "O problema é saber qual a quantidade de matéria que sai do vulcão. Sem isso, a previsão da distribuição das cinzas estará errada."

Ora, foi esta situação que se verificou em Abril: ninguém sabia ao certo a quantidade de matéria emitida na fonte. Mas, durante o mês de Maio, uma missão científica do Instituto de Física da Atmosfera de Wessling (Munique) sobrevoou a área em volta do vulcão e conseguiu recolher dados mais certeiros: sabe-se agora que o vulcão produz três toneladas de cinzas por segundo e que elas permanecem suspensas no ar durante pelo menos sete horas. "Estes dados vão permitir calibrar o modelo utilizado para a previsão de forma a determinar exactamente a quantidade de cinzas presentes no ar", disse na altura Ulrich Schumann, director daquele instituto alemão, citado pela AFP. Porém, a simulação matemática só será válida se for acompanhada por monitorizações terrestres, aéreas e a partir de satélites.

"Já existe uma rede de vigilância", diz-nos Flamant. A rede é a Earlinet, uma rede de 21 lidares, aparelhos que funcionam à maneira dos radares mas são capazes de detectar partículas em suspensão até aos 15 quilómetros de altitude. E acrescenta: "A União Europeia vai ter de apostar neste tipo de previsão. É evidente que, se isso acontecer, os cientistas vão poder desenvolver ferramentas que, dentro de uns anos, forneçam resultados fiáveis".

Uma ferramenta que nunca chegou a ver a luz do dia e que, na situação actual, poderia ter marcado a diferença, foi proposta em 1991 por Fred Prata, do Instituto Norueguês de Estudos Atmosféricos. Este investigador tinha sugerido a instalação, a bordo dos aviões, de monitores que, associados às leituras dos radares, permitissem a detecção pelos pilotos de eventuais nuvens de cinzas, que poderiam assim ser contornadas, evitando o perigo. "Se os aviões tivessem entretanto sido equipados com esse sistema", desabafou Prata à revista Nature em plena crise do espaço aéreo europeu no mês de Abril, "neste momento, eles estariam no ar".

Como fazer blogues, sites e partilhar documentos com ferramentas Google


Decorreu no dia 21 de Abril, conforme aqui referido, a miniformação sobre ferramentas Google, com a presença de 10 inscritos e a promessa de uma continuação para que a BE/CRE (Biblioteca) do Agrupamento Dr. Correia Mateus faça o seu Blog.

Aqui ficam duas fotos do evento:


Aos presentes, que aguentaram estoicamente as minhas explicações, os nossos agradecimentos...


O Eyjafallajoekull em directo

Recebido via mailing list da GEOPOR, num post em estereofonia com o Blog Geopedrados:


Aquele vulcão com nome impronunciável tem webcams instaladas com streaming ao vivo… com imagem “normal” e imagem térmica… Fantástico!

Para ver aqui:

Saudações vulcânicas,
Ricardo Pereira

Monumento Natural das Portas de Ródão na Televisão

 Via mailing list da Geopor:
No próximo sábado, dia 15 de Maio, entre as 09.00 e as 10.00 horas, será emitido no espaço da Universidade Aberta, na RTP 2, um programa de 40 minutos sobre Geoconservação, dedicado em particular ao Monumento Natural das Portas de Ródão. Aproveito para agradecer a todos os que nele participaram, em especial ao colega Pedro Cunha que esteve na origem deste projecto. Desejamos que este seja o primeiro de uma série de outros programas dedicados à Geoconservação.

O Cabo Espichel há 160-110 Milhões de anos

CONVITE

15 de Maio | sábado | 21.30 horas

Igreja de Nossa Senhora do Cabo Espichel

A Câmara Municipal de Sesimbra e a Confraria de Nossa Senhora do Cabo convidam V. Ex.ª a assistir à conferência intitulada O Cabo Espichel há 160-110 Milhões de anos, que terá como oradores Miguel Magalhães Ramalho, professor jubilado da FCUL e coordenador do Museu Geológico, e Jacques Rey, professor emérito da Universidade de Toulouse, França.

O ciclo de conferências promovido no âmbito das comemorações dos 600 Anos do Santuário do Cabo Espichel apresenta este mês uma sessão dedicada à geologia e às origens do promontório. Como era a região há 140 milhões de anos, durante o Período Jurássico, ou como evoluiu o ambiente e a geografia nos milhões de anos seguintes são algumas das questões que vão ser debatidas nesta conferência.

O sangue Neanderthal que nos corre nas veias


(Exposição Darwin 150, 200 - Museu da Ciência Universidade de Coimbra)

Na semana passada a revista Science publicou um artigo importantíssimo que abre uma janela verdadeiramente fascinante sobre a evolução recente da nossa espécie. Dada a sua importância, o artigo publicado pela equipa de Svante Paabo, do Max-Plank Institute de Leipzig, está disponível sem restrições e pode ser obtido aqui. Há também um conjunto de informações se recursos disponíveis numa página criada para o efeito. O artigo já foi aqui comentado pelo António Piedade.

Segundo as notícias que se seguiram na imprensa de todo o mundo, o artigo conclui que afinal corre sangue Neanderthal nas nossas veias. Quanto? Como sabemos isso? O que nos diz?

O laboratório de Svante Paabo é talvez o único actualmente com capacidade para realizar uma tarefa tão difícil como a de extrair e analisar DNA fóssil de Neanderthais. Foram eles os responsáveis pela descoberta recente de outra espécie de hominínio, o Homem de Denisova que aqui comentei. Esta é uma tarefa dificílima. O DNA fóssil que é possível extrair de ossos parcialmente fossilizados apresenta-se sempre muito fragmentado, com sequências demasiado pequenas e, o que é mais complicado, extremamente contaminado com o DNA de outros organismos, particularmente de micro-organismos. Para se poder interpretar a informação é preciso ‘limpar’ o DNA identificando e removendo as partes que não pertencem ao DNA do organismo que se pretende analisar. O que só é possível por comparação de sequências.

Esta investigação só se tornou possível graças aos mapas genéticos de muitos organismos que entretanto foram sendo sequenciados e colocados disponíveis em bibliotecas de sequências de DNA. Programas de identificação de sequências podem então ser corridos para determinar se o material que está sequenciado pertence a uma bactéria ou a um hominínio. Além disso, são necessárias condições de assepsia únicas para evitar contaminação pelo nosso DNA que é quase indistinguível do de um Neanderthal.

O que nos diz o estudo?


Comparando sequências extraídas de três ossos provenientes da localidade de Vindija, na Croácia (que se determinou pertencerem a três mulheres diferentes) com o de chimpanzé, e de cinco humanos (um francês, um chinês Han, um papuano da Nova Guiné, um africano San (bosquímano) e Yoruba (África ocidental), os investigadores chegaram à conclusão que há maior semelhança, relativamente a variantes novas de genes, dos Neanderthais com os europeus e asiáticos que com os africanos. A explicação mais plausível é que, quando os antepassados humanos saíram de África, há 80 mil anos, ter-se-ão cruzado com os Neanderthais no médio oriente. Estes cruzamentos tiveram que acontecer nessas populações ainda pequenas e antes de ocorrer a grande dispersão pela Ásia e a Europa dos homens modernos. De outro modo não é possível ter esta distribuição.

Prova-se inequivocamente que houve cruzamentos e que nós temos entre 1 e 4% de genes provenientes de Neanderthais. É uma pequena fracção, mas importante, tanto mais que está presente numa parte muito substancial da população humana.

Prova-se ainda que esses cruzamentos não ocorreram mais tarde na Europa ao longo dos 60 mil anos em que as duas sub-espécies conviveram. Se ocorreram foram muito limitados e pontuais, não havendo evidências neste estudo. Este resultado não vem corroborar as teses de João Zilhão e Eric Trinkaus sobre o menino de Lapedo, que tem sido mantido longe da investigação por outros cientistas. Não prova que ele seja um híbrido nem o seu contrário. Prova apenas que a hibridação era possível e aconteceu. Sabemos que aconteceu no Médio Oriente há 80 mil anos. Mas não há dados de que tenha acontecido na Europa mais tarde. Se tivesse sido muito extensa, então as semelhanças com os Europeus seriam maiores que com os Asiáticos, o que não se verifica. Serão necessários mais dados e de fósseis de outras regiões da Europa para poder ir mais longe.

Mas há um outro aspecto fascinante deste estudo: pela primeira vez temos um primeiro mapa genético, ainda que muito fragmentado, do nosso parente mais próximo, provavelmente pertencente à nossa espécie – é agora claro que a hibridização foi importante e teve consequências – extinto apenas há 28 mil anos. O artigo estima uma separação entre humanos actuais e Neanderthais tendo ocorrido há 270 000 – 440 000 anos. Este mapeamento de genes, que irá crescer nos próximos anos, formando uma biblioteca extensa do DNA Neanderthal, vai permitir-nos não só saber mais sobre a biologia dos Neanderthais como saber o que mudou, que genes se modificaram e conduziram à nossa evolução que foi tão bem sucedida nas últimas centenas de milhar de anos.

O artigo apresenta uma lista de 78 genes que estão modificados nos humanos actuais e têm uma configuração ancestral nos Neanderthais. E isto é fascinante. Há diferenças em genes ligados aos tecidos da pele e a sua pigmentação, receptores de estrogénio, afectando o movimento flagelar dos espermatozóides, evolvidos em processos de cicatrização, diabetes tipo II, ou metabolismo. Sabe-se que alguns dos genes com diferenças apresentam-se relacionados com capacidades cognitivas: certas mutações podem causar sindroma de Down, esquizofrenia, ou autismo. Esta biblioteca de dados irá seguramente crescer e permitir perceber melhor a evolução recente da nossa espécie.

A quantidade e qualidade de informação contida neste artigo é absolutamente impressionante e abre uma porta gigantesca sobre a investigação do nosso passado evolutivo de uma forma inimaginável há alguns anos.

in De Rerum Natura - post de Paulo Gama Mota