Drosophila americana
Primeiro genoma de um animal descodificado em Portugal
Estão descodificados 12 genomas deste modelo de investigação tão procurado
Pela primeira vez, uma equipa de investigadores portugueses sequenciou por completo o genoma de um animal. O protagonista é uma espécie de mosca-da-fruta – a Drosophila americana –, que neste caso apresenta grandes variações na sua longevidade, o que a torna um excelente modelo para estudos genéticos sobre esta questão numa época em que muitos países se confrontam com o envelhecimento da população.
Até ao momento, 12 espécies de moscas-da-fruta tiveram o genoma descodificado, incluindo a mais famosa de todas, a Drosophila melanogaster, um dos modelos muito utilizados em investigação genética. Agora, a equipa portuguesa, coordenada pelo geneticista Jorge Vieira, do Instituto de Biologia Molecular e Celular da Universidade do Porto, sequenciou pela primeira vez o genoma da Drosophila americana (que não encontra no território português).
“Não se trata de adicionar mais um genoma de Drosophila à lista”, diz Jorge Vieira, citado num comunicado da Universidade do Porto. “A espécie Drosophila americana deverá ser tida como um modelo único em algumas áreas do conhecimento”, sublinha o investigador, acrescentando que a sua equipa escolheu sequenciar duas estirpes, entre as cerca de 100 que tem no laboratório, que “apresentam longevidades muito diferentes”.
A equipa, que inclui ainda investigadores do Instituto de Engenharia e Sistemas de Computadores do Porto, já está à procura nas duas estirpes de diferenças genéticas entre as moscas que têm uma vida muito longa e as que vivem pouco tempo (o tempo de desenvolvimento, a resistência ao frio e o tamanho são outras diferenças entre elas que podem ser estudadas). A equipa, adianta Jorge Vieira, vai agora procurar os genes responsáveis pelas diferenças de longevidade.
Este trabalho é todo de autoria portuguesa, embora tenha havido a participação do Instituto para Genética Populacional, na Áustria, onde se encontram as máquinas utilizadas na sequenciação de todas as letras (pequenas moléculas) que compõem a grande molécula de ADN da mosca. Ela tem cerca de 15 mil genes, tal como outras espécies de moscas-da-fruta.
Estes dados já foram disponibilizados publicamente num “site” de livre acesso, criado pela equipa (http://cracs.fc.up.pt/~nf/dame/). Outros cientistas pelo mundo fora poderão agora utilizar estes dados em estudos de evolução ou de genética comparativa entre diferentes organismos, por exemplo. “Ter o genoma de Drosophila americana completamente sequenciado era uma necessidade para avançar nos nossos estudos, mas é nossa obrigação disponibilizar essa informação a toda a comunidade”, afirma Jorge Vieira.
“Não se trata de adicionar mais um genoma de Drosophila à lista”, diz Jorge Vieira, citado num comunicado da Universidade do Porto. “A espécie Drosophila americana deverá ser tida como um modelo único em algumas áreas do conhecimento”, sublinha o investigador, acrescentando que a sua equipa escolheu sequenciar duas estirpes, entre as cerca de 100 que tem no laboratório, que “apresentam longevidades muito diferentes”.
A equipa, que inclui ainda investigadores do Instituto de Engenharia e Sistemas de Computadores do Porto, já está à procura nas duas estirpes de diferenças genéticas entre as moscas que têm uma vida muito longa e as que vivem pouco tempo (o tempo de desenvolvimento, a resistência ao frio e o tamanho são outras diferenças entre elas que podem ser estudadas). A equipa, adianta Jorge Vieira, vai agora procurar os genes responsáveis pelas diferenças de longevidade.
Este trabalho é todo de autoria portuguesa, embora tenha havido a participação do Instituto para Genética Populacional, na Áustria, onde se encontram as máquinas utilizadas na sequenciação de todas as letras (pequenas moléculas) que compõem a grande molécula de ADN da mosca. Ela tem cerca de 15 mil genes, tal como outras espécies de moscas-da-fruta.
Estes dados já foram disponibilizados publicamente num “site” de livre acesso, criado pela equipa (http://cracs.fc.up.pt/~nf/dame/). Outros cientistas pelo mundo fora poderão agora utilizar estes dados em estudos de evolução ou de genética comparativa entre diferentes organismos, por exemplo. “Ter o genoma de Drosophila americana completamente sequenciado era uma necessidade para avançar nos nossos estudos, mas é nossa obrigação disponibilizar essa informação a toda a comunidade”, afirma Jorge Vieira.
NOTA: sugestão de notícia da colega Ana Couto...
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