Em Oeiras, o contentor que serve para a recolha de óleos alimentares usados foi pensado de raiz. Cada ponto de recolha, em cor de laranja, dispõe de sensores que medem o nível de enchimento. No início, havia quem pusesse lá dentro outros resíduos, mas agora a população já se habituou
Corria o ano de 2005 quando a câmara e o ISQ (Instituto de Soldadura e Qualidade) entenderam que Oeiras deveria ter um sistema de recolha de óleos alimentares usados, do sector doméstico. Em Outubro arrancou o Oilprodiesel, projecto Life Ambiente que viria a ser escolhido pela Comissão Europeia como um dos 57 melhores que foram concluídos em 2009.
"Queríamos recolher os óleos que iam para o esgoto ou para o lixo", explica Marco António Estrela, do ISQ. Pensaram um oleão de raiz, com sensores para mediar o enchimento. Cor de laranja. Lá dentro, as pessoas deviam colocar o óleo em garrafas de plástico para evitar sujidade.
Os 20 oleões começaram a ser instalados em Junho de 2008. Marco Estrela diz que a iniciativa "teve uma adesão muito grande", mas, de início, "houve enganos". "As pessoas depositavam outras coisas lá dentro". O Oilprodiesel acabou em Março de 2009, mas os oleões continuam na rua. "Os níveis de recolha já são de 14 toneladas por mês". Oeiras não foi a única que se antecipou à legislação. Depois de recolher o óleo dos restaurantes, Vila Real passou a recolher o óleo doméstico, conta o vereador do Ambiente, Miguel Esteves. O primeiro oleão foi colocado nas ruas no início de 2009. "Começámos sem ter em conta a legislação que aí vinha."
Hoje são sete contentores e, garante, "durante o próximo ano serão cumpridas as metas para 2011". A receptividade tem sido "bastante boa". Em 2009 foram recolhidos 1200 litros de óleo.
Reciclar depois do jantar
Engana-se quem pensar que só há uma maneira de resolver o problema dos óleos alimentares usados e que o território dos oleões se limita à rua. Penafiel decidiu pô-los nas cozinhas de cada lar da cidade.
"Há cinco anos já estavam instalados oleões de 50 litros nos restaurantes. Em 2009 quisemos abranger o consumidor final e preparar o terreno para a legislação que aí vinha", explica Antonino de Sousa, vereador com o pelouro da Sustentabilidade Ambiental.
Em Junho de 2009, uma equipa de sete pessoas distribuiu, porta a porta, mais de 2500 minioleões de cinco litros, verdes, de funil incorporado e com tampa antiderrame. Quando estão cheios, as pessoas deslocam-se aos cinco oleões, cada um com capacidade para 200 litros, entretanto espalhados pela cidade.
Além disso, a câmara disponibilizou uma Linha Verde para esclarecimentos sobre os oleões. "A reacção das pessoas foi muito boa", disse o vereador, referindo que existem moradores de zonas não abrangidas pela iniciativa que contactaram a autarquia a pedir minioleões. "Foi interessante ver que havia pessoas de outras freguesias que se deram ao trabalho de vir aqui buscar o seu oleão e que estão dispostas a vir à cidade depositar o seu óleo."
Desde Junho do ano passado, os cinco oleões já foram despejados uma vez. "Se calhar agora já estão outra vez a precisar", estimou o vereador. Este ano, a câmara assinou um protocolo com uma empresa para instalar mais 20 pontos de recolha. Até 2011 haverá um destes contentores ao lado de cada um dos 150 ecopontos de Penafiel.
Do restaurante à nossa casa
A instalação de pontos de recolha para os óleos alimentares usados avança a diferentes velocidades. Ponte de Lima é uma das câmaras municipais que agora está a começar. Porém, não é uma novata no que aos óleos diz respeito.
Desde Novembro de 2008 que há recolha dos óleos produzidos nas cantinas do ensino básico. Agora prepara-se para alargar a recolha ao cidadão comum, ajudando assim a reduzir o "risco de contaminação dos solos e água" que os óleos provocam, quando são eliminados pelos colectores urbanos.
A forma de gestão da rede de recolha selectiva municipal de óleo alimentar usado foi aprovada, por unanimidade, há menos de um mês, a 8 de Fevereiro.
Segundo explicou a vereadora Estela Almeida, com o pelouro do Ambiente, a câmara vai lançar um concurso para uma parceria com uma empresa específica para a gestão de rede de oleões. A autarquia prevê instalar na cidade 16 contentores e sensibilizar as empresas locais a aderir à recolha. Quem aceitar fará parte da rede de empresas amigas do ambiente.
"Queríamos recolher os óleos que iam para o esgoto ou para o lixo", explica Marco António Estrela, do ISQ. Pensaram um oleão de raiz, com sensores para mediar o enchimento. Cor de laranja. Lá dentro, as pessoas deviam colocar o óleo em garrafas de plástico para evitar sujidade.
Os 20 oleões começaram a ser instalados em Junho de 2008. Marco Estrela diz que a iniciativa "teve uma adesão muito grande", mas, de início, "houve enganos". "As pessoas depositavam outras coisas lá dentro". O Oilprodiesel acabou em Março de 2009, mas os oleões continuam na rua. "Os níveis de recolha já são de 14 toneladas por mês". Oeiras não foi a única que se antecipou à legislação. Depois de recolher o óleo dos restaurantes, Vila Real passou a recolher o óleo doméstico, conta o vereador do Ambiente, Miguel Esteves. O primeiro oleão foi colocado nas ruas no início de 2009. "Começámos sem ter em conta a legislação que aí vinha."
Hoje são sete contentores e, garante, "durante o próximo ano serão cumpridas as metas para 2011". A receptividade tem sido "bastante boa". Em 2009 foram recolhidos 1200 litros de óleo.
Reciclar depois do jantar
Engana-se quem pensar que só há uma maneira de resolver o problema dos óleos alimentares usados e que o território dos oleões se limita à rua. Penafiel decidiu pô-los nas cozinhas de cada lar da cidade.
"Há cinco anos já estavam instalados oleões de 50 litros nos restaurantes. Em 2009 quisemos abranger o consumidor final e preparar o terreno para a legislação que aí vinha", explica Antonino de Sousa, vereador com o pelouro da Sustentabilidade Ambiental.
Em Junho de 2009, uma equipa de sete pessoas distribuiu, porta a porta, mais de 2500 minioleões de cinco litros, verdes, de funil incorporado e com tampa antiderrame. Quando estão cheios, as pessoas deslocam-se aos cinco oleões, cada um com capacidade para 200 litros, entretanto espalhados pela cidade.
Além disso, a câmara disponibilizou uma Linha Verde para esclarecimentos sobre os oleões. "A reacção das pessoas foi muito boa", disse o vereador, referindo que existem moradores de zonas não abrangidas pela iniciativa que contactaram a autarquia a pedir minioleões. "Foi interessante ver que havia pessoas de outras freguesias que se deram ao trabalho de vir aqui buscar o seu oleão e que estão dispostas a vir à cidade depositar o seu óleo."
Desde Junho do ano passado, os cinco oleões já foram despejados uma vez. "Se calhar agora já estão outra vez a precisar", estimou o vereador. Este ano, a câmara assinou um protocolo com uma empresa para instalar mais 20 pontos de recolha. Até 2011 haverá um destes contentores ao lado de cada um dos 150 ecopontos de Penafiel.
Do restaurante à nossa casa
A instalação de pontos de recolha para os óleos alimentares usados avança a diferentes velocidades. Ponte de Lima é uma das câmaras municipais que agora está a começar. Porém, não é uma novata no que aos óleos diz respeito.
Desde Novembro de 2008 que há recolha dos óleos produzidos nas cantinas do ensino básico. Agora prepara-se para alargar a recolha ao cidadão comum, ajudando assim a reduzir o "risco de contaminação dos solos e água" que os óleos provocam, quando são eliminados pelos colectores urbanos.
A forma de gestão da rede de recolha selectiva municipal de óleo alimentar usado foi aprovada, por unanimidade, há menos de um mês, a 8 de Fevereiro.
Segundo explicou a vereadora Estela Almeida, com o pelouro do Ambiente, a câmara vai lançar um concurso para uma parceria com uma empresa específica para a gestão de rede de oleões. A autarquia prevê instalar na cidade 16 contentores e sensibilizar as empresas locais a aderir à recolha. Quem aceitar fará parte da rede de empresas amigas do ambiente.
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